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Ponto, parágrafo.

  • Foto do escritor: rccato
    rccato
  • 5 de mai. de 2019
  • 1 min de leitura

Um dia escrevi uma carta a um cemitério de palavras.

Um dia balbuciei ao vento.

Um dia tentei salvar o irreparável.

Eu olho e já não me reconheço, como se meu corpo nunca pudesse ter sido lar do meu espírito conturbado. Não recordo de tamanha alegria ao ver aquelas fotos (como eu me senti naquele exato momento?), definitivamente, bem distante do quê posso dizer agora, meu coração dói angustiado. O que resta de força em meu interior busca em meio a essa escuridão o seu brilho ofuscado. Lembro-me que, por vezes, atordoado, meu corpo pediu descanso, enquanto a mente percorria noite adentro, não havia fórmula para a misteriosa solução. O meu "eu" se encontrara perdido a um longo tempo, vagueou por tempos dando seu fôlego para a batalha do futuro, mas o futuro nunca chega. Por um instante, como um despertar de um sonho ruim, pareceu-me hipocrisia propagar uma felicidade idealizada e tão distante do quê em minha vida se concretizava, quase irreversível. Queria que fosse mais simples, que fosse fácil, mas não consigo concluir meus pensamentos em um seguimento contrário ao dito antes. Porém, mesmo que imperceptível, ainda existe uma faísca que vem me impulsionando a reconstruir meu mundo, meu ser. Contudo, continuo me deparando contra a parede, dentro de um labirinto frio, não vejo a saída, por debaixo da máscara há um rosto em prantos. A luz fica cada vez mais distante e não há ninguém ao meu lado que possa-me conduzir e continuo tentando de novo e de novo, derrota após derrota em busca do maravilhoso.


 
 
 

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